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Maersk contrata navio de guerra

Após um ataque de piratas à embarcação Maersk Regensberg em dezembro de 2009, a Maersk cancelou as escalas de sua frota de tanques (Maersk Tankers) nos portos do leste da África. Além desta medida, o armador contratou um navio de guerra da companhia dinamarquesa Guardian-Global Business Security para evitar que mais embarcações sejam tomadas.

"Os mares do leste da África são considerados uma zona ruim porque a região não tem recursos para combater os piratas. A contratação do navio de guerra é uma solução temporária, mas não há outra alternativa no momento", afirmou o vice-presidente da Associação de Armadores da Dinamarca, Jan Fritz Hansen.

"É por isso que nós escolhemos esta solução rápida e alternativa para uma situação muito crítica" afirmou o diretor técnico da Maersk Tankers, Steffen Jacobsen.

As iniciatiavas da Maersk são justificadas pelo cenário atual da região: em dois anos, os piratas sequestraram mais de 80 navios no Golfo de Áden e costa da Somália, rendendo aos criminosos milhões de dólares em resgates. Atualmente, os piratas ainda mantêm 14 navios e quase 300 tripulantes sob sua mira.

Ao perceber a gravidade da situação, o governo das Filipinas (país de onde se origina cerca de um terço da tripulação de navios comerciais) ordenou a todos os seus marítimos que passem por treinos antipirataria. As aulas, com duração de oito horas diárias, começam no dia 15 de janeiro e o Ministério do Trabalho filipino disse que nenhum marítimo irá a bordo (nem mesmo os marinheiros mais experientes) enquanto não concluir o curso.

O secretário do Ministério, Marianito Roque, disse que "os marujos vão aprender a usar mangueiras de incêndio, detectar aproximação de piratas, como manobrar seus navios evitando escaladores e quem devem contatar em caso de ataque". Eles também aprenderão como lidar em casos de reféns, sem portar armas ou receber treinamento com armas de fogo.

O curso é baseado em um programa utilizado pela Associação Internacional de Armadores Independentes de Navios-tanque, que opera cerca de 80% dos navios do mundo. O IMEC, International Maritime Employers Comittee (Comitê Internacional dos Empregadores Marítimos) baseado em Londres, recomendou que todos os outros países sigam o exemplo filipino, tomando o treinamento como um requisito para a implantação de novos marítimos.

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