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Marinha limita acesso aos portos

Sem receber informações sobre a profundidade do rio, autoridades reduzem calado máximo dos navios.

ITAJAÍ - Navios maiores e mais pesados terão que diminuir a carga para poder atracar nos portos de Itajaí e Navegantes. A determinação é da Marinha, que reduziu em 50 centímetros o calado máximo dos canais de acesso e da bacia de manobras. A medida é preventiva, para aumentar a margem de segurança nas operações. A praticagem sentiu dificuldades nas manobras dos navios. A decisão atinge metade dos navios que entram no Itajaí-Açu, estima o Porto de Itajaí.

– Fomos informados pelos práticos das dificuldades encontradas, como perda de velocidade e de força em determinados pontos. Como não recebemos dados atualizados de batimetria, tomados essa medida provisória, de reduzir a profundidade de 10,5 para 10 metros – explica o comandante Alexandre Malizia Alves, delegado da Capitania dos Portos em Itajaí.

A batimetria é um levantamento da profundidade do rio e, segundo determinação da Marinha, precisa ser feita, no mínimo, a cada dois meses. A informação sobre a menor profundidade observada no canal é fundamental para saber o calado máximo dos navios e evitar que as embarcações virem ou encostem no fundo do rio. Segundo Malizia, caso um navio venha a encalhar, os canais de acesso podem ficar fechados duas semanas.

De acordo com Malizia, a última batimetria enviada pelo Porto de Itajaí ocorreu no final de novembro passado.

– Deveríamos ter recebido uma em janeiro, mas não ocorreu. A batimetria de março não estava de acordo com as normas da Marinha, por isso não foi considerada – completa o delegado. Robert Grantham, diretor comercial do Porto de Itajaí, afirmou que as manobras nos canais estavam mais difíceis por causa do excesso de material que pode ter acumulado no fundo do Rio Itajaí-Açú. Diariamente, duas dragas de injeção de água empurram o material para a superfície. A correnteza ajuda a levar a lama até o mar. Explicações para o acúmulo, segundo Grantham, podem ser a mudança na corrente e a maré alta, que impedem a dispersão do material. Quanto à batimetria, o diretor afirma que pode ter ocorrido algum equívoco na medição:

– A batimetria nunca deixou de ser feita. Fizemos um contrato emergencial e uma outra empresa começou a fazer a medida hoje (ontem). O resultado deve estar pronto na próxima semana.

De acordo com Grantham, o Porto de Itajaí abrirá licitação para contratar uma empresa que fará os próximos exames de batimetria no rio.

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