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Fiesc levanta que Santa Catarina precisa de R$ 15 bilhões em investimentos até 2023

O sistema de transporte e logística de Santa Catarina precisa de R$ 15 bilhões de investimentos em obras estratégicas até 2023. A projeção é da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e foi defendida nesta quinta-feira, durante reunião sobre o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT) do Ministério dos Transportes.

Segundo o secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, que discutiu na federação as prioridades para o Sul do Brasil, a projeção de investimentos em obras de infraestrutura no país até 2023 é de R$ 291 bilhões.

A lista de prioridades da Fiesc prevê R$ 5,3 bilhões para o modal rodoviário, R$ 3,3 bilhões ao marítimo, R$ 4,9 bilhões ao ferroviário, R$ 948 milhões ao aéreo, R$ 537 milhões ao dutoviário (dutos) e R$ 20 milhões ao hidroviário.

Na avaliação do primeiro vice-presidente da federação, Glauco José Côrte, Santa Catarina está sendo prejudicada porque as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, no Estado, são feitas em ritmo mais lento que as do Rio Grande do Sul e Paraná.

No ano passado, estavam previstos para o Estado, no PAC, investimentos de R$ 487 milhões, e foram executados apenas R$ 83 milhões, 17,2% do total. No Rio Grande do Sul, a projeção para o mesmo período era de R$ 1,2 bilhão e foram executados R$ 651 milhões, 45,8%.

Ao Paraná, o orçado era R$ 393 milhões e foram investidos R$ 137 milhões, 34,5% do previsto. Esses dados são da Comissão Mista do Orçamento da União do Congresso Nacional.

Em 2009, o total previsto pelo PAC aos três estados do Sul era de R$ 2,1 bilhões e foram executados R$ 871 milhões, 37,8% do total. Os recursos não utilizados no ano passado e que estão na lista de restos a pagar, poderão ser investidos este ano.

Mas os de 2008 que não foram usados, não poderão ser incluídos agora. Em 2008, estavam orçados no PAC para os três estados do Sul R$ 2,2 bilhões e a execução alcançou R$ 1,2 bilhão, 57,4% do total.

O secretário Marcelo Perrupato explicou que o Plano Nacional de Logística e Transporte visa o licenciamento de obras e elaboração de projetos para que possam ser executados quando necessário.

Segundo ele, em média, uma grande obra precisa de cinco anos para ficar pronta e nem sempre é concluída pelo governo que a iniciou. Mas Glauco Côrte lamentou o fato de quase a metade das obras licenciadas e orçadas para a região Sul não serem executadas no prazo previsto.

A lista de rodovias prioritárias ao Estado, segundo a Fiesc, inclui recuperação, duplicações e construções das BRs 101, 280, 282, 163, 285, 470, 116, 477, 153 e 158. Há também obras de contornos rodoviários, acessos a portos e aeroportos.

O foco do modal ferroviário é para a construção das ferrovias Litorânea e Leste Oeste (ferrovia do frango), o trecho Içara-Porto Alegre e revitalizações de trechos.

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