O porto está quase pronto, ...
Se o andamento das obras do Porto de Itapoá e da SC-415, rodovia que liga o terminal ao acesso à BR-101, fosse uma corrida, a iniciativa privada estaria quilômetros à frente.Enquanto 70% dos trabalhos de construção do porto já foram concluídos, apenas 37% das obras da estrada estão prontas. O problema é que, mesmo chegando em primeiro lugar, o Tecon SC, que vai custar R$ 450 milhões, não ganharia a disputa, porque depende da rodovia para começar a funcionar.
O presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Romualdo França Jr, admite que os trabalhos estão “prejudicados” em relação ao cronograma executivo. “A obra está em execução, mas os últimos dois anos foram de muita chuva, e como a obra é a céu aberto, houve muitas complicações. Tivemos que mudar o perfil do projeto, fazer alguns desvios necessários”, explica.
No total, as obras devem receber mais de R$ 30 milhões em investimentos, e, mesmo com os atraso, a previsão de término dos trabalhos permanece em outubro, dois meses após o considerado ideal pelo superintendente do porto, Gabriel Ribeiro Vieira. Em fevereiro, ele afirmou que “se as obras não ficassem prontas até agosto, a situação vai ficar complicada”.
Menos otimista, o executivo agora espera que a rodovia esteja em condições de uso até o final do ano. “Temos um acordo com o governo do Estado de que as obras vão ser entregues até o final do ano e estamos contando com isso. Não queremos usar caminhos que passam pela região central da cidade para fazer a movimentação de contêineres”.
A promessa de Vieira tem como pilar uma lei municipal de 1996 que determina “expressamente proibida a movimentação de cargas portuárias de qualquer natureza dentro do perímetro de rodovias urbanas durante o período de instalação do referido porto e também após sua instalação”.
O prefeito Ervino Sperandio está assustado com o ritmo do andamento das obras na rodovia, “Em nosso último contato com o Deinfra, foi confirmado o término dos trabalhos em setembro. Caso o prazo aumente, o porto sairá prejudicado, bem como a cidade. Nossa expectativa é que as perdas superem os R$ 500 mil mensais, valor que esperamos receber através da cobrança do ISS.”