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OSX aguarda técnicos coreanos para elaborar projeto do estaleiro em Bigaçú.

Especialistas são da Hyundai Heavy Industries, que detém 10% da empresa de Eike Batista.

A OSX Brasil trabalha na elaboração do projeto do estaleiro em Biguaçu, na Grande Florianópolis, enquanto aguarda a licença ambiental prévia para a instalação.

O presidente e diretor de operações da companhia, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, diz que deverão se juntar à equipe, em breve, quatro coreanos da Hyundai Heavy Industries, líder global de construção naval, que detém 10% da empresa do bilionário Eike Batista.

A princípio, o grupo vai trabalhar em Belo Horizonte, onde fica a sede da empresa de engenharia que venceu a licitação para elaborar o projeto. Os coreanos só não desembarcaram ainda no país porque o visto não ficou pronto.

— A nossa parceria com a Hyundai prevê que vamos receber até 50 coreanos no prazo de cinco anos. Temos um contrato de suporte técnico para nos ajudar a implantar o estaleiro. Também vamos enviar 20 a 30 profissionais nossos ao estaleiro da Coreia do Sul — diz Carneiro.

Segundo ele, a OGX — gigante do grupo EBX do setor de exploração de petróleo e gás — tem todo o interesse em que a OSX inicie logo a produção de plataformas. A estimativa é de que serão necessárias 48 delas, no valor de US$ 30 bilhões, nos próximos 10 anos. Mas o prazo de construção do estaleiro é de dois anos.

O executivo observa, também, que entre achar o óleo e iniciar a exploração demora algum tempo. Primeiro é preciso saber como é o campo e isso e exige fazer outras perfurações. Depois, é preciso fornecer dados como tipo de óleo, vazão, viscosidade, se tem permeabilidade e outras informações técnicas para fazer o projeto.

Se a OSX não tem o produto, pode comprar em outro lugar, no Brasil ou exterior. Ela é o canal para viabilizar as demandas da OGX.

Carneiro, que atuou por 30 anos na Petrobras e foi a pessoa que ocupou o maior número de gerências operacionais na companhia, acredita que o acidente da British Petroleum (BP), no Golfo do México, não alterou as rotinas no segmento de plataformas no Brasil.

Segundo ele, ainda não é possível saber o que causou o problema na unidade da BP, e as medidas de segurança adotadas pelo Brasil são melhores. A Petrobras, por exemplo, exige backup de bico sonoro para ativar a parte superior do sistema da plataforma, conhecido como blow out preventer (BOP), e a empresa britânica não exigia isto.

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