Eike Batista: no mínimo o máximo
O programa Roda Viva, que foi ao ar nesta segunda-feira (30) pela TV Cultura, entrevistou o megaempresário Eike Batista. Durante uma hora, quatro jornalistas convidados e mais a apresentadora, a jornalista Marília Gabriela, perguntaram sobre os negócios de Eike e suas relações com os governos.O megaempresário, que alguns preferem chamar de megainvestidor, disfarçou bem a irritabilidade com algumas perguntas. Mas tentou passar a ideia de um homem controlado, objetivo e de bem com a vida e com todos. Apesar de tudo, quem quis conheceu um pouco mais a personalidade do empresário que adora o símbolo “X”, da multiplicação.
Por isso, impressiona ver Eike Batista dizer que investiu alguns milhões de reais num programa da popstar Madonna, porque ele quer “embutir” autoestima nas criancinhas pobres do Rio de Janeiro, mas sem saber como isso pode ser feito com crianças sem saúde, condições dignas de habitação, educação de qualidade, segurança. Eike nos ensina que não é difícil ter autoestima. E cita o seu exemplo: “minha mãe deve ter feito algo muito certo porque eu tenho uma autoestima inacreditável”.
Ficamos sabendo, também, que Eike pagou 670 milhões de reais de Imposto de Renda em 2009. Que ele sempre pensa 50 anos à frente, e de novo debita a qualidade à sua mãe alemã.
Eike se diverte quando os jornalistas falam que “dizem por aí” que o papai Eliezer Batista, ex-presidente da então Companhia Vale do Rio Doce (CVDR), passou para ele, literalmente, os mapas das minas do País.
Ele avalia que mais da metade dos CEOs está no lugar errado. A observação foi feita quando estava falando da Vale e do presidente Roger Agnelli.
Nas suas considerações finais, Eike nos passa a ideia da plenitude humana. Tudo faz. Tudo pode. Tudo quer. Tudo sabe. Tem visão holística. E para ser bem modesto afirma: “eu não preciso de ninguém...sou autossuficiente”.
Eike Batista não é apenas o oitavo homem mais rico do mundo, ele é o super-homem do Brasil.