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Maersk aumentará participação na América do Sul e África

Armador foca em rotas diretas para economias emergentes. A Maersk Line pretende aumentar a capacidade nos serviços que englobam a América do Sul e África, integrando rotas diretas para a Ásia. Segundo o armador, a aceleração do crescimento econômico nos mercados emergentes permitiu o realinhamento da rede de negócios da companhia.

Em relação ao primeiro semestre de 2009, a Maersk registrou um aumento de 12% no tráfego das rotas africanas e 18% no comércio sul-americano, de janeiro a junho de 2010, enquanto o volume da rota Ásia-Europa subiu apenas 5%.

De acordo com o diretor-executivo da transportadora, Eivind Kolding, existe uma grande diferença nas taxas de crescimento entre os mercados considerados maduros e os emergentes. "Realmente as economias antigas têm apresentado um problema no desenvolvimento. Mas isso não acontece no resto do mundo", afirmou o executivo.

Muitos dos navios que a Maersk encomendou são projetados para atender à crescente demanda por produtos manufaturados nestas regiões emergentes. "A tonelagem que temos agendada será entregue nos próximos dois anos e é muito adequada para os mercados da América do Sul e África, então é nesta direção que já estamos avançando", afirmou o executivo.

Como a maioria das transportadoras, a Maersk serviu os países em desenvolvimento por meio de navios feeder, que transportam os contêineres trazidos de embarcações maiores para os principais portos globais de transbordo, como Algeciras (Espanha) e Salalah (Omã). Porém, o rápido crescimento destes mercados pode reduzir a importância de hub ports nos quais os serviços entre Ásia e Europa transportam vários contêineres, sendo que as rotas diretas não utilizariam estes hubs.

Como o trânsito nestas rotas tendem a ultrapassar o crescimento nas principais economias, a Maersk está mais focada em serviços diretos. "Será ainda uma combinação de serviços diretos e feeder, mas o crescimento será maior em serviços diretos", disse Kolding.

Porém, Kolding apontou que as perspectivas sinalizam uma desaceleração na demanda de carga no quarto trimestre, o que levaria a transportadora a tirar de serviço alguns dos seus navios. "Haverá muita capacidade disponível no mercado, então devemos retirar um pouco da tonelagem no início de outubro".

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