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Terminais planejam atingir capacidade de 1 bilhão de toneladas II

Em Vitória (ES), a saída é a construção de um novo porto, conhecido como Superporto de águas profundas

Outro que figura entre os líderes no ranking de movimentação por tonelagem, o porto de Tubarão (ES), controlado pela Vale, responde por 80% da movimentação de carga geral da companhia e por cerca de 34% do mercado transoceânico de minério de ferro e pelotas da empresa no Brasil. No acumulado do primeiro semestre, escoou 48,28 milhões de toneladas de minério de ferro - a totalidade da carga vai para o mercado externo.

A Vale não faz projeções, mas mantido no segundo semestre o ritmo da primeira metade do ano, poderá encerrar o exercício com mais de 96,5 milhões de toneladas do granel escoadas, ante 80,48 milhões de toneladas alcançadas em 2009. Ainda assim, abaixo das 98 milhões de toneladas de minério de 2008.

A ampliação portuária está na agenda do dia. O porto de Vitória (ES), por exemplo, tem dois terminais arrendados, um para contêineres e outro para fertilizantes e carga geral. Por ano, são menos de 10 milhões de toneladas. Ocorre que o complexo está encravado na cidade e tem sérias limitações que dificultam a operação de navios de grande porte.

Hoje está restrito a receber os chamados handysize, com capacidade para até 2 mil Teus (contêineres de 20 pés). Com o projeto de dragagem e derrocagem, será possível atrair os panamax (até 4.500 Teus). Um avanço necessário, mas insuficiente. "Esse é um investimento que dá uma sobrevida ao porto, mas não temos como avançar além disso. Em outras palavras, Vitória não poderá operar grandes conteineiros e graneleiros", diz o diretor-presidente da autoridade portuária de Vitória, Angelo Baptista .

A alternativa será a construção de um novo porto do zero, o chamado Superporto de águas profundas, que ficará na região de Praia Mole. Será um multipropósito mas com foco principal em contêiner. Atualmente estão em curso os estudos de viabilidade e a ideia é que o empreendimento, com profundidade de 18 metros, tenha capacidade para movimentar 2 milhões de Teus e 50 milhões de toneladas de granéis sólidos. A perspectiva é que em 2012 seja possível licitar a obra.

"É uma necessidade do país. Na Europa existem vários portos concentradores. Não dá para imaginar que Santos sozinho vai atender isso. É o grande porto e continuará a ser, mas é razoável termos de três a quatro portos no arco da região Sudeste atendendo a demanda futura, olhando no grande prazo", diz Baptista.

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